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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Stalth Ardgarth - Capitulo 2: A vila dos Druidas.

       No dia seguinte, Stalth acordara cedo para ir a floresta. Se despediu de seus pais dizendo que logo estaria de volta, algo que não foi tão “logo” quanto ele gostaria, e nem sequer no mesmo lugar onde viviam, porém, esta parte da história está mais para frente. Voltemos ao dia em que Stalth fora para seu primeiro dia como guardião ao lado de seus companheiros Druidas.

       A caminho Stalth começou a cantarolar uma pequena música, uma que uma vez inventara em momentos de tédio, a mais ou menos 1 ano atrás, não que ele estivesse naquele momento, mas ele acabara gostando de tal música:

No caminho da floresta estarei indo,
Para que um dia, talvez, volte para casa como um herói,
Entre os melhores dos melhores,
E quando voltar,
Espero que estejas presente,
Para que possas se orgulhar de seus pequeno herói,

       Tinha um ritmo leve, e calmo. Porém não conseguiu terminar, acabou se distraindo e tropeçando, batera com a cabeça num pequeno galho que fazia como uma ponte entre uma árvore e outra, bem, parecia mais uma ponte do que um galho. Stalth percebeu, ao levantar, que aquelas duas árvores eram cidades de pequenas criaturas, chamadasCrever os crever's tem o costume de fazer cidades em copas de árvores, eles são pequenos, e rápidos, ótimos construtores, que por sinal não gostaram muito da “cabeçada” de Stalth em sua ponte, Stalth teve que se desculpar várias vezes, até se lembrar que tinha um compromisso e não poderia ficar ali. Crever's podem não gostar muito de “intrusos” porém são muito compreensíveis.

       Stalth saiu correndo, dessa vez com mais atenção no trajeto, até que então chegou perto de onde os druidas costumam ficar, então recomeçou a andar normalmente até a vila dos druidas.

       Ao chegar a vila, Stalth foi a procura de seus mentores, andou um pouco entre a vila, falando um pouco com os druidas que nela habitavam, e perguntou sobre seus mentores a um druida-liang conhecido, seu nome é Troin, ele tinha cabelos curtos e laranjas. Tinha cerca de um e cinquenta de altura, usava roupas azuis. Seus olhos eram verdes, e sua pele era morena. Estava carregando uma caixa quando Stalth o viu.

       – Ei Troin, viu Fillades e Bloful? - perguntou Stalth ao druida.

       – Fillades está em sua cabana, já Bloful... se não me engano ele fora resolver alguns assuntos no reino, parece que houve alguns feridos, e Ryan contou a Fillades que estavam precisando de ajuda com os feridos, daí Bloful se ofereceu para ir com mais meia duzia de druidas-liang. Gostaria de ter ido, porém precisava resolver algumas coisas aqui na vila. - Contou Troin.

       – Pare de enrolar Troin, você só estava com preguiça de ir. Vamos, não vou contar a ninguém se admitir.

       – Ok... isso só foi um dos motivos para eu não ter ido, seu sabichão. - Retrucou Troin. - Porém o outro foi por que minha filha está doente, eu tive que pegar algumas ervas na floresta, lá em casa estava sem.

       – Entendi. Melhoras para Cissera. - Disse Stalth indo em direção a cabana de Fillades.

       – Até filho de duas raças. - Despediu-se Troin

       – Não começa Troin. - Retrucou Stalth.

       Troin deu uma risada e vez um gesto com a mão dizendo para que Stalth fosse logo a Fillades.

sábado, 11 de outubro de 2014

Arion Vannhose - Capítulo 2: Traído ou Traidor?

E então ouvi ele me dizer:
Pois que traidores morram, e os honrados, de pé permaneçam
De que adianta a fé, se vai cair de joelhos para o primeiro desafio?
De que adianta a espada, se vai fugir de uma luta?
De que adianta a confiança, se traíra na primeira chance?
E me senti confuso. E era o que ele queria
Livros de Kunor - Quinto Tomo, Capítulo 5, linhas 7-12
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   Arion levantou de sua cama e andou até a janela. Seu quarto era bem organizado, com uma enorme estante de mogno cheia de livros e em uma das paredes repousava sua espada: Tempestade de Prata. Sua lâmina era de prata pura, extremamente afiada. Sua empunhadura era em um tom de azul escuro com pequenos fios dourados que se entrelaçavam, lembrando raios em uma tempestade. Em sua cama estava sua esposa, Nahria. Ela se levantou trajando um fino vestido de seda azul e o abraçou, perguntando carinhosamente se ele estava bem. Seus cabelos castanhos caíam sobre seus ombros e e seus olhos, também castanhos, brilhavam apaixonadamente. Ele fez um gesto com a cabeça, indicando que tudo estava bem. Seu silêncio a incomodava. Ele normalmente não era tão quieto assim.
-O que houve, Arion?
-Nada, querida.
-Arion, você não pode mentir pra mim. Você sabe como esse seu silêncio me incomoda. Meu amor, o que você está escondendo? Você está assim desde a revolta.
-Nahria... No dia em que invadi o castelo, um homem tentava matar o rei. Enquanto eu o atacava, a rainha... Ela... Ela tentou protege-lo. Ele ficou desesperada quando o matei e quase a ataquei também.
-Como? - ela perguntou, confusa.
-Acho que a rainha... Está envolvida em algo. Eu não sei.
-O rei precisa saber! - ela disse, preocupada.
-Não, meu amor! Não! Temos que ter certeza.
-É a sua palavra contra a dela. Por que o rei estaria inconsciente se ele estava só com uma Febre Branca*?
-Nada está fazendo muito sentido, na verdade. Lembra que eu disse que lancei o corpo dele pela janela? Ninguém encontrou ele. Nem vivo, nem morto. Como um homem some de um castelo cheio de guardas e totalmente cercado?
   Ela puxou uma cadeira de uma mesa próxima e se sentou. Ela sorriu para ele. Seu sorriso o fazia esquecer de tudo. Todos os problemas. Tudo que o preocupava era simplesmente apagado de sua mente. Ele suspirou. Agradeceu aos deuses por ter alguém assim. Ela era linda. Inteligente e divertida. Acima de tudo, ela era sua amiga e o amava. Ele olhou pela janela e sorriu para o céu. Sabia que não importava o que acontecesse, ela estaria com ele.
-Nahria... - ele disse, um pouco envergonhado.
-Sim, meu amor.
-Você se lembra de como nos conhecemos?
-Claro! Você se machucou em uma batalha e eu fui a assistente do médico que te ajudou. Então começamos a nos aproximar depois da guerra. Nossa amizade se tornou isso. E hoje estamos tendo essa conversa. Por que?
-Nada. Eu te amo. - e sorriu.
-Eu também. - e levantou. Ela sorriu de volta e o beijou carinhosamente - Acho que está na sua hora.
-Eu não quero sair daqui. - e a beijou novamente.
-Não! Você vai.
-Vai para algum lugar depois daqui?
-Vou ao templo. Por que?
-Eu vou com você.
-Mas e seus soldados?
-Eu digo que você não está bem e quis ir ao templo e, pra não te deixar sozinha, eu te acompanhei.
-Espero que acreditem.
-Eles vão.
   Ele esperou ela se vestir e saíram para o templo, do lado externo da cidade, em uma clareira na Floresta Karten. Todos os caminhos e atalhos para o templo eram protegidos por soldados. Arion e Nahria entraram. Ela se dirigiu até o altar e se ajoelhou diante dele. Nas paredes, cinco estátuas de cada lado, cada uma representando um deus. O altar era de mármore branco adornado com fios de ouro. Ela começou uma prece silenciosa. Ele estava se ajoelhando quanto um homem, enrolado em um manto verde escuro com um capuz na cabeça, entrou e se dirigiu em silêncio para a parte traseira do templo, onde era realizado as oferendas. Assim só poderiam entrar uma, no máximo, duas pessoas, pois era um pequeno quadrado onde na parede oposta se encontrava um archote com um fogo vermelho e o espaço até ele era limitado. O capitão se aproximou do homem, já dentro do pequeno espaço, e tocou o ombro dele.
-Quem  é você?
-Eu, capitão Vannhose, sou um homem que você traiu. Sei, não foi uma dica fácil, mas não vim facilitar seu trabalho. Eu dou uma chance de você conseguir sua redenção, diante dos deuses, capitão.
-Pare de enigmas e se apresente.
-Acalme-se. Entenda... Você só é o capitão Vannhose hoje, porque você me traiu. E traiu uma causa justa. Por alguém que, aparentemente, te comprou. Você não é um covarde, então não entendo porque finge ser um. Você desertou de uma guerra para lutar outro.
-Seja lá quem você for. O que quer?
-Te oferecer isto... - ele tirou de dentro do manto dois pequenos pergaminhos, com o selo violado. Ele deduziu que aquilo pertencesse e tivesse sido interceptado, mas não - Aqui está tudo o que você precisa saber. Mas... - disse quando ele ia pegar - Você precisa saber que seu rei corre riscos.
-E vou protege-lo.
-Não esperava outra atitude. Você tem que confiar em mim, Arion.
-Se for para proteger meu rei, eu confio.
-Então saiba que, para protege-lo, você terá que traí-lo. Homens querem tirar o poder dele. Você precisa servir o inimigo.
-Quem é você? Me diga, por favor.
-Promete sua fidelidade? Jura diante dos deuses e dos homens?
-Juro. - e se ajoelhou.
-Desnecessário. Levante-se. Pegue
   Ele pegou os pergaminhos e começou a ler.
-De quem são? - perguntou ao terminar.
-Quanto menos souber, por enquanto, melhor. - e tirou o capuz - Desculpe ter aparecido assim.
-Talon? - ele gaguejou e caiu de joelhos.
-Meu nome agora, meu irmão, é Aeon Raven.
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Notas:
*Febre Branca - Uma doença similar a gripe, que deixava o doente de cama por alguns dias e causa um pequeno desconforto. Não é fatal e pode ser tratada com alguns chás de ervas.  Tem esse nome porque costuma deixar as vítimas pálidas.

domingo, 5 de outubro de 2014

Stalth Ardgarth - Capitulo 1: O Guardião de duas raças

Era um dia calmo na vila, cujo o nome é Vidaus, onde Stalth Ardgarth, o Filho de duas raças, vive. Ele estava com sua família e amigos comemorando que ele finalmente conseguiu adentrar na guarda da floresta Kaary, a floresta dos Druidas, cujo a qual cercava Vidaus.

Stalth, além de ser treinado em combate pelos seus pais, fora treinado por 2 druidas, um era um Druida-Filid, ele o ensinara a como se comunicar com o cosmos, para que pudesse se comunicar com seus ancestrais e nunca se perdesse, mesmo que o caminho fosse difícil, ele conseguiria achar uma saída, apesar de Stalth ter tido alguns problemas para se comunicar com o cosmos. O outro druida era um Druida-Liang, cujo o qual o ensinara sobre as técnicas curandeiras dos druidas.

Stalth só aprendera o básico com ambos os druidas, pois ele queria ser um guardião da floresta, igual seu falecido avô, que morrera em uma batalha antes de Stalth nascer. Ele não conheceu seu avô, mas resolveu ser igual a seu avô pelas histórias que sua mãe lhe contara quanto mais novo, após isso passou 20 anos treinando com os druidas para que pudesse se tornar um guardião da floresta, e com a ajuda de sua mãe, que o ensinara a usar o arco e flecha, e de seu pai, que o ajudara a manejar uma lança, Stalth finalmente se tornara um guardião.

Seu arco era feito com madeira do carvalho sagrado da floresta druida, ele tinha detalhes verdes, que o próprio Stalth pintara junto de seu amigo, tinha lâminas encantadas também nas duas extremidades, seu arco era quase de seu tamanho, sua lança tinha dois metros, com o cabo preto e detalhes vermelhos. Sua lâmina era grande, pegava 50 centímetros de seu cabo, a lâmina era feita com o metal da floresta, o mesmo metal encantado de seu arco, o encantamento deixava suas armas quase inquebráveis, porém, o metal ficava preto com o encantamento, o que fazia sua lança e arco terem uma atmosfera feros, o que intimidava seus adversários. As pontas de suas flechas eram feitas com o mesmo metal.

O metal encantado poderia emitir uma luz verde bem fraca, se o dono falasse Dragabyr, o que deixava um ar de mistério em suas armas.

Stalth estava ansioso, no dia seguinte, seria o seu primeiro dia atuando como um Guardião da floresta, seus amigos estavam felizes que ele finalmente conseguira entrar, seus pais estavam orgulhosos de ter um filho guardião, agora ele iria proteger a floresta, ou seja, ele protegeria a vila também, Stalth se tornaria um guerreiro da vila, ou como já fora chamado antes, o guardião fantasma negro, não por que sua cor de pele era negra, Stalth era um ruivo de verdade, e como todo ruivo, ele era branco, e com sardas em seu rosto com olhos misteriosos cujo as ires eram a amostra, não muito, porem podiam ser vistas um pouco mais claramente que as de outros.

Você deve se perguntar como Stalth andaria com uma lança de dois metros e um arco de um metro e sessenta e dois de altura, bem, como eu disse são encantados, porém não contei-lhes esse detalhe, como os druidas gostam de conforto, eles, há muito tempo inventaram um encantamento de compactação, um metro pode virar 2 centímetros se forem ditas, pelo dono, as palavras vyr, para sua lança, e yar, para seu arco, se estivessem no tamanho real, elas se compactavam, se estivessem compactas, elas ficariam em seu tamanho real.

Assim que a comemoração acabou, os amigos de Stalth foram para suas casas e ele e seus pais arrumaram o lugar para que pudessem deitar, Stalth, enquanto arrumava as coisas, vez ou outra parava para admirar as estrelas, o clima estava fresco e o vento perfeito, o céu estava limpo, as luzes das estrelas refletiam suave mente nos olhos azuis/brancos, o que fazia seus olhos brilharem suavemente em meio a noite.

Stalth assim que acabou fora dormir sua ultima noite na casa de seus pais, pelo menos a ultima noite da semana.

Stalth demorou um pouco para conseguir dormir pois estava pensando sobre como seria seu primeiro dia como guardião, sobre coisas das quais iria fazer, sabia que iria proteger a floresta, claro, porém queria saber especificamente. Enquanto pensava sua mãe entrou no quarto e perguntou:

       – Stalth? Está dormindo? – Em um tom totalmente calmo e suave.

– Não, ainda não, mãe. – Respondeu.

– Queres conversar? – Perguntou a mãe.

– Por que não? Estou com dificuldade para dormir também – disse com um sorriso em seu rosto.

Sua mãe então entrou no quarto e sentou-se do lado de Stalth na cama, depois de algum tempo de silêncio, sua mãe começou a dizer que se orgulhara de seu filho, que ele era um garoto especial, que seria um dos melhores, mas ela quis, na verdade que seu filho a prometesse que iria tomar cuidado, claro que ele era bom, mas até mesmo os melhores perecem em batalhas. Sua mãe se orgulhava, não tinha como duvidar, dizia isso o tempo todo, porém se preocupava com o filho, seu pai também, mesmo que não demonstrasse isso, seu pai também estava muito preocupado.

– Não se preocupe mãe, tomarei cuidado, lhe prometo isso. – Prometeu Stalth.

– Ótimo. Prometa-me mais uma coisa, quando ver que não irá conseguir contra algum inimigo, recue, até que consigas vencê-lo, prometa-me isto.

Stalth prometeu, logo após sua mãe fora embora do quarto, e Stalth dormiu uns 10 minutos após a saída de sua mãe.


sábado, 20 de setembro de 2014

Arion Vannhose - Capítulo 1: Reação

   A tropa atravessou o patio do castelo em direção ao portão. Um pequeno grupo de rebeldes armados gritava ameaças e lançava maldições sobre o rei. Ele estava doente e eles não poderiam perder a chance de tomar o trono ou criar uma anarquia. Os soldados reais esperaram pacientemente eles arrombarem o portão de carvalho e entrarem. E então começaram a lutar. Um grupo de cinco soldados lutava contra cerca de meia dúzia de homens que tentavam forçar uma travessia pela escadaria principal. Outro forçava a passagem por uma das torres. Um dos homens conseguiu atravessar, para ser surpreendido por um grupo de reforço de tropa de vinte homens. Ele tentou recuar, mas perdeu o equilíbrio e caiu de uma das janelas. Os soldados riram e continuaram.
   Outros rebeldes ganhavam vantagem de 2 para 1 contra os soldados que protegiam o portão de acesso ao castelo. Eles rapidamente derrotaram os resistentes e entraram pelo salão principal, completamente vazio. Surpresos por não ter mais guardas, continuaram seu caminho até o quarto do rei. Subiram as escadas, porém, enquanto subiam, um homem saiu de um corredor com quatro soldados atrás dele. Ele jogou a capa para trás e deu um sorriso sarcástico para os invasores. Sua armadura brilhava, provavelmente foi polida recentemente. O elmo cobria somente a parte do nariz e as laterais da cabeça, deixando os olhos e a boca visíveis. Seu cabelo era de um branco intenso e seus olhos verdes faiscavam com a emoção do combate, contrastando com sua pele levemente morena.
-Ha! Você acha que cinco homens irão nos parar? Matamos muito mais lá embaixo! - disse o líder rebelde.
-Sim, achamos. Você sabe quem eu sou? E quem eles são? - disse com sua voz barítona.
-Não me interessa. Você e eles vão morrer.
-Sou Arion Vannhose. Capitão Arion Vannhose. Líder dos Espadas de Prata, a elite do rei. E você está diante dos cinco melhores lutadores do reino. Ajoelhe-se e entregue-se.
   O líder dos revoltosos sacou a espada e saltou sobre ele. Que em um movimento ágil, sacou a espada e o desarmou, empurrando-o de volta pra escada. O rebelde se desequilibrou e rolou dela, desmaiando. Mais dois atacaram. Arion girou e atingiu um no rosto e o outro errou o golpe. Em um golpe quase perfeito, ele rotacionou o corpo e por muito pouco não atingiu o capitão, que saltou para o lado e cravou a espada na barriga dele. Ele ganiu de dor e caiu no chão. Os outros rebeldes pararam. Um momento de dúvida os deixou despreparados para o ataque dos quatro homens que acompanhavam Vannhose. Eles foram derrotados rapidamente. Eles saíram do castelo e, no pátio, ajudaram a controlar os rebeldes que começavam a vencer. Então ele se aproximou de um homem com uma armadura tão nova quanto a dele.
-General Cornahan, quantos estão protegendo o pátio traseiro?
-Tenho... Ninguém...
-O rei está desprotegido no quarto! Eu vou subir. - e saiu correndo para dentro do castelo.
   Sua espada estava empunhada enquanto corria pela escadaria. Entrou em um corredor e seguiu até um quarto. Ele tirou a adaga de um suporte preso a cota de malha e chutou a porta. Um homem erguia a adaga para crava-la no coração do rei. A rainha estava jogada no chão, inconsciente, talvez por causa de um golpe. Ele jogou a adaga e atingiu o braço do assassino, que praguejou e arrancou ela do braço. O invasor sacou a espada e atacou o capitão. Ele desarmou o intruso e acertou um soco no rosto dele, que tropeçou, e rapidamente ensaiou um golpe que foi bloqueado. Um soco atingiu ele no estomago e outro diretamente no braço ferido. Ele gritou e saltou de volta sobre Arion, atingindo-o com um forte chute no peito. Ele caiu sobre uma mesinha que havia ao lado da porta e a quebrou. Ele tentou inutilmente alcançar a espada mas seu braço foi pisado pelo inimigo. Pela primeira vez, Vannhose se viu perdendo uma luta e isso era desesperador. Ele foi tomado pelo medo e em uma reação instintiva, agarrou a perna dele e o puxou, derrubando-o. E então subiu nele e começou a socar o rosto dele. A golpear qualquer membro acessível. O homem desmaiou. Ele continuou socando seu rosto. A manopla de sua armadura a qualquer momento faria um enorme estrago nele. A rainha estava acordando. Ao ver aquilo, correu e implorou para que ele parasse. Ele, descontrolado e com ódio, a empurrou. Ela tentou impedi-lo de continuar e ele se levantou abruptamente e a agarrou pelo braço. Ele ensaiou um tapa. Ela se encolheu e ele parou. Ele a encarou e correu para a cama do rei. Ele estava bem. Ele não compreendia a reação que acabara de ter. Ele olhou pela janela e os rebeldes haviam sido controlados. Ainda perplexo, e agora aliviado pela segurança do rei, ele simplesmente pegou o corpo inconsciente do homem e o jogou da janela. A queda do terceiro andar o matou na hora. Ele virou as costas e saiu.

sábado, 6 de setembro de 2014

Dalimer, Deus da Natureza e das Emoções

1. Origem
   O surgimento de Dalimer, embora existam várias teorias, colide em um ponto: o mar. No momento da criação da vida, uma partícula pura da união de Dia e Noite caiu no oceano, e foi levada até a praia e esculpida pela espuma e pela areia. Então, ao tomar forma, ele caminhou para a água e se sentiu surpreso com a quantidade de criaturas que encontrou enquanto nadava. Curioso por não saber que lugar era aquele, saiu para explorar em terra. E encontrou vários animais. Sozinho, aprendeu a se alimentar das frutas. Com o tempo, desenvolveu o dom da fala e tentava se comunicar com os outros animais.

2. Busca
   Em suas varias caminhadas, ele encontrou uma ave que assobiava uma belíssima melodia. Ele se sentiu encantado pela beleza do pequeno ser. E tentou, de toda forma, imita-lo. Ao ver que não conseguia, ele saiu. E se sentiu triste por não conseguir copiar algo tão belo.
   Algum tempo depois, em suas buscas, ele sentiu a agua que ele gostava de nadar caindo do céu. Por um momento ele sentiu medo do que aquilo poderia ser, acreditando que toda a agua estava mudando de lugar. Mas, quando a chuva passou, ele se sentiu feliz por ter terminado tudo bem.
   Então ele percebeu que todos os animais tinham alguem a sua semelhança. E ele não. Dia e Noite, curiosos com o desenvolvimento do planeta, viram Dalimer enquanto observavam sua criação favorita. Curiosos, eles moldaram a matéria para que ela contivesse toda a sua energia e pudessem vir para o nosso mundo. Quando chegaram, procuraram aquela criatura diferente e que eles não sabiam como havia surgido.

3. Retorno
   Após muita busca, eles encontraram o pequeno intruso na sua criação. Ele, feliz por encontrar alguem que o entendesse, os ensinou a linguagem rústica que ele desenvolveu. Com os três falantes, eles passaram a nomear o mundo. Porém, Dia e Noite estavam fracos demais para continuar sustentando o próprio poder nas carcaças que criaram. Eles voltaram para o céu bem a tempo. A carcaça foi destruída e eles, extremamente enfraquecidos, entraram em uma hibernação que durou centenas de Varniens (anos). Ele se sentiu solitário e desesperado. Ele queria se sentir amado novamente.
   Sozinho, sem entender porque o abandonaram, e entediado, ele se aproximou de um rio. Quando olhou para ele, viu seu reflexo. E acreditando ser alguém igual a ele, tentou abraça-lo. Ele caiu e a forte correnteza o levou, matando-o afogado, mesmo sendo um exímio nadador. Nesse momento, seus amigos estavam voltando e não puderam salva-lo. Então, em retribuição, eles devolveram sua energia ao grande fluxo que move o mundo. E ele passou a proteger as emoções, pois foi o primeiro a senti-las, e a natureza, pois foi o primeiro a conhecer ela sem um ponto de vista divino.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A Criação de Stalvyr


1. Antes do mundo
   Antes de tudo, antes do Universo como o conhecemos, era uma enorme Noite. Que existiu desde sempre, pois não havia uma contagem de tempo. Ela reinou por um longo período. Até que um dia, algo, vindo de algum canto desconhecido, a enfrentou. E a Noite enfrentou a ameça. Por muito tempo elas se enfrentaram, até que ela, cansada, se retirou para um canto obscuro do Universo. Então o Dia, vitorioso, tomou seu lugar. Reinou sobre o Universo a partir daquele dia. E a Noite continuou seu descanso.
   Muito tempo depois, a Noite retornou, com sua escuridão eterna. Dia reinava com sua luz dourada. Ambos estavam cansados demais, e não queriam mais lutar. Então, Dia propôs um acordo: eles se uniriam para reger o Universo. Foi nesse momento que eles perceberam que algumas partes de seus corpos tinham sido perdidas. Dia deu as suas faíscas brilhantes para Noite e ela as usou para alegrar sua escuridão profunda e perturbadora, gerando as estrelas. E, em troca, ela deu algumas partes perdidas de seu corpo para seu novo amigo. Porém, ao toca-las, Dia se sentiu preenchido por um poder tão grande que o fez dar origem a matéria física. Ambos, maravilhados, pensaram o que poderiam fazer com aquilo. Então, começaram a molda-la de todas as formas que conseguissem.

2. A Criação de Sayzar e Vidair
   Após algum tempo, uma das formas criadas por Dia se destacou e ele a colocou para liderar um pequeno grupo de criações menores. Essa forma, em especial, foi agraciada com uma luz especial. Se tornando extremamente quente. As criações menores, que a circulavam, por sua vez, chamaram a atenção de Noite. E uma em especial, a terceira, a atraiu. Ela então pegou um pouco do que eles chamaram de Matéria Primordial e criou uma pequena esfera avermelhada e a fez circular a terceira esfera. A maior seria, posteriormente, chamada Sayzar, o sol, a luz dos deuses; e a menor seria Vidair, a lua vermelha.

3. A Formação de Stalvyr
   A terceira pequena esfera que atraiu um carinho especial de Noite, se tornaria Stalvyr. Eles, unidos, usaram uma habilidade desconhecida e deram forma a essa massa. Do pequeno círculo surgiram elevações e depressões, vales e montes, montanhas e mares. Mas era somente poeira. E, com a mesma habilidade, criaram a terra. as gramas, a areia, o ar, as plantas e as águas. De repente, os céus começaram a ser preenchidos pelas aves. E os mares se encheram de peixes. E os animais começaram a caminhar pela terra. Então, uma partícula em especial, caiu no oceano. Ela era uma partícula pura da união das duas criaturas que geraram a vida. Essa partícula foi arrastada até a praia e moldada pela areia e pela espuma do mar. E essa partícula deu origem a Dalimer, o deus da natureza